Estes dias andava pensando, o quanto nossa sociedade está
sedenta de amor, de afeto, de solidariedade e respeito mútuo.
Valores tão essenciais para a vida em sociedade. O quanto estamos
cada vez mais mergulhado no nosso “mundinho” particular. E o
quanto isso tem feito mal a nossa saúde. Estamos tão mergulhados
nos nossos problemas, que muitas vezes achamos que somos os únicos a
sofrer. E esse sofrimento, ou melhor, a nossa vontade de nós livrar
dele, tem nos feito recorrer a possíveis alívios imediatos, como o
uso de medicação de forma desordenada, ou sem prescrição.
Estamos vivendo um momento histórico muito particular, em
nossa sociedade, onde não é permitido mais o sofrimento. A todo
custo devemos combate-lo, como se fosse algo possível. O sofrimento
faz parte da vida. E devemos aprender a conviver, com a vicissitudes
da vida. É claro, que em alguns momentos a medicação, acompanhando
de outras intervenções poderão fazer parte da vida, no entanto
isso não é para todos. Tenho percebido em minha prática como
profissional de saúde, uma certa banalização do uso da medicação.
Como se tudo de enquadra-se em diagnósticos e a solução mágica
seria a medicação.
Pense Nisso!